Nas Estrelas

As vezes me sinto perdido,
Inquieto, só e confuso,
Então me viro para as estrelas
E ao mundo inteiro dou voltas.
(Alicia Keys ft. Alejandro Sanz – Looking for Paradise)

O dia havia sido bom, ela pôde se sentir segura o tempo todo. Depois de olhar o céu rosado do sol se pondo entre as árvores, a garota percebeu que havia deixado para trás todos os seus medos e confusões mentais junto com a civilização e a tecnologia da cidade.
Já havia escurecido e ela resolveu sentar na grama e olhar o céu limpo e quase tocável, típico de uma noite de verão. As milhões de estrelas cintilavam sobre ela, e algumas pareciam querer transmitir alguma coisa maior do que só a luz de uma antiga estrela, que provavelmente já havia se apagado a muitos anos.
A garota procurou pela lua, pela qual tinha uma paixão inconpensável, mas não a encontrou no céu. O único e chamativo brilho que ela podia ver era o das estrelas. Era praticamente irresistível não observá-las, e impossível não ser hipinotizada por elas. O brilho da lua sempre fora muito maior, isso era fato, mas o brilho das estrelas era diferente, mais delicado e sensível, exatamente como aquela doce garota, que muitas vezes se sentia diferente em relação às outras garotas.
Olhando para as estrelas, sentada ali, ela se sentiu segura como ela não se sentia já há alguns dias, e percebeu que naquele momento o que ela tinha deixado junto com a civilização não podia atingí-la de forma alguma, e que aquele era o momento só e unicamente dela. Bom, dela e das pequenas estrelas que iluminavam suavemente o céu, dançando e dizendo junto com Jason Mraz que tocava ao fundo: “Caramba! Você é livre! Olhe dentro do seu coração e você verá: o céu é seu.”